quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tipos de argumentos


1. Tipos de Argumentos

A classificação dos discursos argumentativos varia bastante conforme os autores. Vamos centrar a nossa atenção em apenas quatro tipos:

- Dedutivos

- Indutivos

- Analógicos

- Falaciosos

Argumentos dedutivos (tipo silogísticos). Nestes argumentos a verdade das premissas assegura a verdade da conclusão. Se as premissas forem verdadeiras, e o seu encadeamento adequado, a conclusão será necessariamente verdadeira. Os argumentos dedutivos não acrescentam nada de novo ao que sabemos.

Exemplo:

Todos os homens são mortais. João é homem. Logo, João é mortal.

Argumentos indutivos. Neste caso, a conclusão ultrapassa o conteúdo das premissas. Embora estas possam ser verdadeiras, a conclusão é apenas provável .

Exemplo:

Todos banhistas observados até hoje estavam queimados pelo sol. Logo, o próximo banhista que for observado estará queimado pelo sol. (argumento indutivo - generalização, previsão)

Argumento por Analogia. Neste tipo de argumentos parte-se da semelhança entre duas coisas, para se concluir que a propriedade de uma é a mesma que podemos encontrar na outra. As diferenças especificas são ignoradas.

Exemplo:

Marte é um astro como a Terra. A Terra é habitada. Logo, Marte é também habitado.

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2. Falácias Informais

Distinção entre falácias formais e Informais:

a) as falácias formais são constituídas por raciocínios inválidos de natureza dedutiva.

b) as falácias informais compreendem os restantes tipos.

Falácias cujas premissas, sob o ponto de vista lógico, não são relevantes para a conclusão. O importante é o seu impacto psicológico:

Apelo à Piedade ( Argumentum ad Misericordiam). Faz-se apelo à misericórdia do auditório de forma a que a conclusão seja aceite.

Exemplo: Sr. Juiz não me prenda, porque se o fizer os meus filhos ficam desamparados.

Apelo à Ignorância (Argumentum ad Ignorantiam). Utiliza-se uma premissa baseada na insuficiência de evidências para sustentar ou negar uma dada conclusão.

Exemplo:

1. Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus não existe.

2. Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus não existe.

Apelo à Força ( Argumentum ad Baculum). Pressão psicológica sobre o auditório.

Exemplo: As minhas ideias são verdadeiras, quem não as seguir será castigado.

Apelo à Autoridade ( Argumentum ad Verecundiam). Faz apelo à autoridade e prestígio de alguém para sustentar uma dada conclusão.

Exemplo: Einstein, o maior génio de todos o tempos, gostava batatas fritas. Logo, as batatas fritas são o melhor alimento do mundo.

Contra a Pessoa ( Argumentum ad Hominem). Coloca-se em causa a credibilidade do oponente, de forma a desvalorizar a importância do seus argumentos.



Sofismas lógicos:

Petição de Princípio (Petitio Principi). Pretende-se provar uma conclusão, partindo de uma premissa que é a própria conclusão.

Exemplo: Toda a gente sabe que as autarquias são corruptas. Por isso não faz sentido provar o contrário.

Falsa Causa (Post hoc ). A conclusão é extraída de uma sucessão de acontecimentos.

Exemplo: O dinheiro desapareceu do cofre depois do João ter saído da loja. Logo....



Falso Dilema. Apenas são apresentadas duas alternativas, sendo omitidas todas as outras.

Exemplo: Quem não está por mim, está contra mim.

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